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Bambu na arquitetura



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Para as estruturas construtivas, ele faz o papel de coluna, viga, lastro, telha, forro, maçaneta, fachadas, divisórias e muros. Pode ser usado para alguns tipos de encanamento de água, com uma infinidade de possibilidades em peças decorativas e para mobiliário, revestimentos, pisos, paredes, portas, janelas, casas e edificações inteiras. A inserção do bambu na arquitetura começa desde que o homem passou a buscar na natureza matérias-primas para construir abrigos, há milênios. Essa gramínea tubular, longa e flexível, se firmou como uma alternativa vantajosa atualmente. O material orgânico com resistência a compressão superior ao concreto armado e tração comparável à do aço, se mostra como grande trunfo para aliar as necessidades humanas ao respeito à natureza, ganhando espaço como a nova madeira do século 21. O material milenar em países como China e Japão, vem sendo cada vez mais explorado e reconhecido no mundo todo, graças à sua leveza, flexibilidade e resistência. Das cerca de 1,3 mil espécies conhecidas, há pelo menos 400 no Brasil e mesmo algumas delas sendo de pequeno porte ainda sim é uma alternativa sustentável para a arquitetura. O bambu é um material econômico, tem emissão zero de carbono e é muito competitivo em relação às madeiras. O bambu é considerado por muitos a matéria-prima deste milênio e é sustentável porque ao invés de desmatar, pode-se plantar e colher bambu. A idade em que o bambu é colhido influência relevantemente, pois a resistência do bambu só é atingida após o período de maturidade (ou sazonamento), atingindo sua resistência máxima entre três e seis anos de idade. Entre as inúmeras vantagens citadas, o bambu também é uma boa opção para lugares onde são comuns os terremotos, por ser um material maleável. De cima para baixo, da esquerda para a direita: 1 e 2: Um dos destaques do projeto do Terminal 4 do Aeroporto Internacional de Barajas, em Madri, na Espanha, é a cobertura curvilínea de estrutura de aço e chapas de alumínio, forrada com bambu. A predominância do material natural quebra a robustez do aço e proporciona uma atmosfera tranquila. Projetado pelo arquiteto londrino Richard Rogers. O terminal venceu o Stirling Prize 2006, premiação britânica de excelência em arquitetura. 3: O fechamento deste estacionamento em Leipzig, na Alemanha, inaugurado em 2004, foi todo feito com varas de bambu. Segundo os arquitetos do escritório alemão HPP Hentrich Petschnigg & Partner KG, a opção não teve nada de experimental: baseou-se em pesquisas que pipocaram na Europa depois da Expo 2000 em Hannover, onde o pavilhão colombiano, desenhado pelo arquiteto Simón Vélez, empregou essa matéria-prima. 4 e 5: Finalizada em 2002, esta casa nos arredores de Pequim, na China, foi desenhada pelo escritório japonês Kengo Kuma & Associates. Ela mede 720 m² e emprega o bambu - abundante na região - em pilares, no piso e no forro. Neste projeto, o arquiteto Kengo Kuma desenvolveu um artifício para utilizar o bambu com mais segurança em pilares: retira os nós (tipo de divisões internas) das varas para torná-las ocas e insere perfis metálicos e concreto nelas para deixá-las mais estáveis. 6, 7 e 8: Obras do arquiteto colombiano Simón Vélez, pioneiro reconhecido mundialmente no uso moderno do bambu na arquitetura. Nasceu em Manizales, na Colômbia, em 1949. Criou sistemas de marcenaria que utilizam bambu como elemento estrutural permanente em estruturas residenciais e comerciais.

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